História da Arte ** Parte II ( Barroco, Rococó e Neoclassicismo )


 História da Arte ( Barroco, Rococó e Neoclassicismo )




O Barroco foi uma era que refletiu um certo declínio da Igreja Católica diante da Reforma Religiosa empreendida no século XVI. Na arte se traduz o confronto entre a esfera espiritual medieval e a racionalidade do Renascimento; entre teocentrismo e antropocentrismo, velhos e novos valores.


Esta revolução no estilo, na filosofia e na arte teve espaço no Ocidente, do século XVI ao século XVIII, influenciado pelas tentativas de renovação e pelo fanatismo religioso da Contra-Reforma. Neste contexto, pontilhado pela morte de Camões, a decadência política de Portugal, o suposto sumiço de D. Sebastião, a ascensão de Madri ao centro do cenário político e cultural, com escritores como Gôngora, Quevedo, Cervantes, Lope de Vega e Calderón de la Barca, entre outros, surge o Barroco.
Esta expressão, do português homônimo, tem o sentido de ‘pérola imperfeita’, ou ‘joia’ falsa. Ela logo contagiou os idiomas francês e italiano. O movimento barroco amadureceu primeiro nas Artes Plásticas, posteriormente na literatura, no teatro e na música. Seu centro cultural é a Itália, no século XVII, irradiando-se então para a Holanda, a Bélgica, a França e a Espanha. Na América Latina ele foi introduzido neste mesmo período, pelas mãos de viajantes europeus.
No Brasil o barroco surge em 1601, quando se implantam novas medidas no âmbito da colonização e a economia é regida pela produção dos engenhos de cana-de-açúcar, na Bahia. Salvador é a capital brasileira. Neste contexto aparecem grandes nomes, como Gregório de Matos e Antônio Francisco de Lisboa, o Aleijadinho. A obra que deflagra este movimento literário em terras brasileiras é Prosopopeia, de Bento Teixeira. Esta corrente encontra seu fim com a futura ascensão do Arcadismo, em 1768.
Na Europa o barroco foi contemporâneo do horror provocado pela Inquisição. Esta instituição restringe a mentalidade, o desenvolvimento cultural e domina o cenário artístico com sua característica severidade.
Os artistas eram financiados por reis, burgueses e pelo clero. As obras de pintores e escultores barrocos são tipicamente requintadas, pretensiosas, meticulosas e traduzem sentimentos, emoções e o fervor religioso da época. Sua fase final é conhecida como ‘rococó’ e distingue-se em parte do barroco, embora contenha seus atributos fundamentais. Sua produção apresenta curvas e pormenores como conchas, flores, ramos, entre outros. A temática está muito ligada à mitologia greco-romana, além de retratar os costumes da corte, dos nobres.
( Slides - arquivo pessoal)
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O barroco brasileiro é associado claramente à religião católica. Em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco encontram-se os mais belos trabalhos de relevo em madeira - as talhas - e esculturas em pedra sabão. Já nas regiões mais pobres, onde não havia o comércio de açúcar e ouro, a arquitetura das igrejas apresentava aparência mais modesta, assim como as residências, chafarizes, câmaras municipais etc.
No Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul, terras do Paraguai e Argentina, chamadas de região missioneira, a arquitetura era diferenciada da arquitetura do Nordeste e das regiões das minas de ouro, pois os jesuítas misturaram elementos da arquitetura românica e barroca da Europa, pois os construtores eram de origem europeia.
No Nordeste, somente no século XVIII houve total domínio do requinte do barroco. De Salvador saia grande quantidade de riqueza do país para Portugal e também vinham os artistas portugueses e produtos.
Riquíssima é a Igreja de São Francisco de Assis, com seu interior revestido de talha dourada levando para si o título de a Igreja mais linda do Brasil. 
Os mestres maiores da arte sacra foram Aleijadinho e Mestre Ataíde, onde suas obras, consideradas as mais belas do país despontaram com maior encanto a partir de 1766.
O período barroco brasileiro tem, então, em seus santos e suas igrejas  a mais significativa manifestação de fé e de arte: não só uma fé intimista com que cada pessoa se relacionava com seu santo, mas também, como uma expressão ímpar de ver,sentir e vivenciar a arte.

Antônio Francisco Lisboa - 1738/ 1814 - 


 Era o nome completo do Aleijadinho, nascido em Vila Rica, em 1738, filho bastardo do português Manuel Francisco Lisboa e de uma escrava, Isabel. Tendo nascido escravo, foi libertado pelo pai no dia de seu batizado.
Entalhador, escultor e arquiteto, trabalhava madeira e pedra-sabão, de que foi o primeiro a fazer uso na escultura. Considera-se que tenha aprendido o ofício com o próprio pai e outros mestres, José Coelho Noronha e João Gomes Batista. Mas é provável que sua genialidade criativa tenha prevalecido sobre as lições aprendidas.
Quase tudo o que se sabe sobre a vida de Aleijadinho vem de uma memória escrita em 1790, pelo segundo vereador de Mariana, o capitão Joaquim José da Silva, e da biografia escrita por Rodrigo José Ferreira Bretãs, publicada em 1858. Ultimamente, sua vida e obra têm despertado o interesse de estudiosos dentro e fora do país, embora permaneçam ainda muitos pontos controvertidos.
Uma grave doença o acometeu aos 39 anos de idade. A enfermidade deformou seu rosto e atacou seus dedos dos pés e das mãos, donde lhe veio o apelido. Apesar da doença, continuou a trabalhar incansavelmente, sendo auxiliado por três escravos: Januário, Agostinho e Maurício. Era este último que amarrava as ferramentas nas mãos deformadas do mestre.

** Seus trabalhos ## alguns ; 

Nossa Senhora das Dores / Aleijadinho

Igreja São Francisco de Assis / Ouro Preto

Mosteiro de São Bento / Rio de Janeiro

Anjo da Paixão / Aleijadinho - Santuário de Matosinhos

O primeiro trabalho artístico importante do Aleijadinho data de 1766, quando recebeu a incumbência de projetar a Igreja de São Francisco, de Ouro Preto, para a qual realizou posteriormente várias outras obras. Quatro anos depois, desenvolveu trabalhos para a Igreja do Carmo, de Sabará. Em seguida trabalhou para a Igreja de São Francisco, de São João del Rei. Enfim, ele recebia muitas encomendas, e às vezes, prestava seus serviços em obras de duas ou mais cidades simultaneamente.  
No final do século XVIII, ele se encontra em Congonhas, onde permaneceu de 1795 a 1805, trabalhando para o Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, para o qual esculpiu os Profetas em pedra-sabão e as estátuas de madeira dos Passos da Paixão. Seu último trabalho, de 1810, foi o novo risco da fachada da Matriz de Santo Antônio, em Tiradentes.
Ficou cego pouco depois, e viveu os últimos anos sob os cuidados de Joana Lopes, sua nora. Faleceu em 1814, aos 76 anos de idade, tendo sido sepultado no interior da Matriz de Antônio Dias, em Ouro Preto.

COM VERGONHA DA APARÊNCIA,ELE PASSOU A USAR UMA GRANDE CAPA AZUL,PARA SE ENCOBRIR E SAPATOS ESPECIAIS.SAÍA DE CASA SEMPRE MUITO CEDO E SÓ VOLTAVA QUANDO ESCURECIA,PARA NÃO SER VISTO.DEVIDO A DEFORMIDADE PROVOCADA PELA DOENÇA FICOU CONHECIDO COMO O ALEIJADINHO.

ROCOCÓ / UM ESTILO FRANCÊS.........................


O Rococó é o mais atraente movimento artístico entre a Renascença e o Impressionismo. Surgiu por volta de 1700 na França e difundiu-se por toda a Europa no século 18. Como todo o movimento tem sua época, desaparece ou passa por transformações; do barroco nasceu o rococó, às vezes considerada um novo estilo, outras vezes vista como a última fase do barroco – Neobarroco.
As suas qualidades estão todas ao lado da fantasia, do espírito, sensibilidade e sorridente felicidade. Ao invés do movimento barroco e neoclássico que vieram antes e depois dele, o Rococó é intuitivo, não didático nem intelectual. Não exige antecedentes elaborados de conhecimentos históricos ou teóricos; o seu objetivo é uma pintura que dê prazer. Seu desejo é alcançar o deleite visual. É um estilo artístico e arquitetônico caracterizado pelas cores leves, alegres e elegantes. Foi o contraponto ao barroco, estilo pesado e escuro.
O rococó surgiu quando o rei da França, Luis XIV pediu uma decoração para os aposentos da jovem duquesa de Borgonha, de 13 anos. “Deve haver uma atmosfera de meninice por toda a parte”, pediu o rei.
A elegância e a conveniência, e não mais a grandeza e a pompa passaram a ser exigidas por uma sociedade já cansada das dourações, substituindo tudo por cores claras, rosas, azuis, verdes e o branco.
O nome, ao que tudo indica, é uma combinação do rocaille e barroco, uma referência depreciativa ao gosto prevalecente durante o reinado de Luiz XV. O termo, como tantos outros rótulos estilísticos, veio à tona com sentido pejorativo devido aos seus tantos floreios, algo muito excessivo, segundo o Oxford English Dictionary.
Os pintores que mais representam este estilo são Watteau, Boucher, Lancret, Fragonard, Veronese e Falconet - o escultor, que muitas de suas obras foram reproduzidas na porcelana. São obras leves, sutis, tocadas de certa displicência, luminosas, graciosas como que apenas aflorando à superfície da tela, sem consistência e profundidade. Traduzem os sentimentos de efemeridade que a própria nobreza possuía na época.
Na arquitetura, na escultura, na pintura, nas artes decorativas em geral, esse estilo expressa a vida ociosa e requintada, o espírito galante e fútil da nobreza europeia no século XVIII, porém foi um estilo derrubado das posições econômicas e políticas que ocupava pela vigorosa ascensão da burguesia.
De Paris o Rococó espalhou-se para a Alemanha, Áustria, Rússia, Espanha, Itália. Seu prestígio na Inglaterra não teve muita força. O Rococó perdurou na Europa até o final do século XlX em igrejas onde se fundiu com o barroco. Mas na França e em outros países o Rococó já vinha cedendo lugar a um novo estilo.
Se a pintura barroca expressava intensidade e violência de sentimentos, tocados de certo caráter naturalista, o rococó é feito de sentimentos, fantasia decorativa e requintado erotismo.
Por tudo isso adquire na pintura e demais artes certa leveza de técnica e graciosidade. Sedutora e efêmera como a própria vida da aristocracia o rococó é a autêntica e reveladora manifestação artística da época.

** OBRAS DE ARTISTAS ## 

Watteau

Abadia de Ottobeuren, Alemanha

O Ar / Jean Nattier

Alguns pintores franceses do período Rococó:

Antoine Watteau (1684-1721) Fraçois Boucher (1703-1770) Jean Honoré Fragonard (1732-1806) Maurice Quentin La Tour (1704-1788) Madame E. Vigée Lebrun (1755-1842) Nicolas Lancret (1690-1745) Jean Baptiste Simeon Chardin (1699-1779)  Jean-Marc Nattier (1685-1779)

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O Neoclassicismo foi tendência dominante na arte europeia entre o final do século XVIII e início do século XIX. Caracteriza-se principalmente pela revalorização dos valores artísticos gregos e romanos,provavelmente estimulada pelas escavações e descobertas que estavam sendo realizadas no período nos sítios arqueológicos de Pompeu, Herculano e Atenas.
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Os heróis gregos e a simplicidade da arte eram alguns aspectos extremamente admirados dessas civilizações. A valorização do passado que o Movimento propôs é uma de suas principais características que levam a uma boa parte dos críticos crerem que o Neoclassicismo pode ser visto como uma face do Romantismo.
O aparecimento do Neoclassicismo também é considerado uma reação contra os exageros do Rococó, cultuando principalmente a razão, a ordem, a clareza, a nobreza e a pureza,atributos que acreditavam ser inerentes às culturas gregas e romanas. A valorização desses aspectos parece ainda estar intimamente relacionada à época histórica do Movimento, chamado Iluminismo ou “Era da Razão“.
Roma era considerada um dos principais centros do movimento, cidade onde vivia o crítico de arte alemão Joachim Winckelmann (1717 – 1768), considerado o fundador teórico do neoclassicismo, principalmente através de obras como “História da Arte Antiga“.
Roma era considerada um dos principais centros do movimento, cidade onde vivia o crítico de arte alemão Joachim Winckelmann (1717 – 1768), considerado o fundador teórico do neoclassicismo, principalmente através de obras como “História da Arte Antiga“.Um dos trabalhos arquitetônicos considerados precursores do gosto neoclássico é a “Chiswick House“ , em Middlesex, perto de Londres, construída por Lorde Burlington (1695 -1753) – que gozava de grande prestígio na época – e William Kent (1685 – 1748). Foi influenciada pela obra “Os Quatro livros de Arquitetura“, de Andrea Palladio, inspirada na Villa Rotonda, de Palladio. Entretanto, o arqueólogo e arquiteto James Stuart (1713 – 1788) foi um dos primeiros a se utilizar deliberadamente de formas gregas (além de ter escrito um livro, juntamente com Nicholas Revett que é considerado um verdadeiro marco na valorização das formas arquitetônicas dessa antiga civilização: “Antiquities of Athens “). Inspirou-se no estilo dórico, construindo uma espécie de templo grego visto frontalmente no Hagley Park, em 1758. Fora da Europa o estilo neoclássico também encontrava adeptos.
Jacques-Louis David (1748 – 1825) é considerado um dos principais pintores neoclássicos, bastante prestigiado pelo governo após a revolução francesa, realizando trabalhos como desenhos de trajes e cenários para eventos oficiais, como o “Festival do Ser Supremo“, em que Robespierre autodenominava-se Sumo Sacerdote. O espírito heroico dos gregos e romanos era um valor que os franceses gostariam de que estivesse associado ao seu próprio país após a Revolução. David era ainda membro da Royal Academy. “Marat Assassinado“, de 1793, que de uma maneira simples representou heroicamente a morte do revolucionário (e amigo de David) Marat, assassinado por Charlotte Corday, é considerada uma de suas melhores obras. Mostra o líder francês morto, debruçado em sua banheira, segurando uma petição (que provavelmente fora lhe dada por Charlotte na intenção de distraí-lo), uma caneta com a qual tencionava assinar o papel e a faca com que o crime fora realizado. Entretanto, obras suas posteriores, como “ Coroação de Napoleão e Josefina “, de 6.1 por 9.3 metros, com sua profusão de cores e pompa, realizada entre 1805 e 1807, já extrapolam o gosto neoclássico e a austeridade que marcam trabalhos anteriores.
Jean-Auguste Dominique Ingres (1780 – 1867) foi um dos alunos e seguidores de David e é outro importante pintor, também conhecido pelas discussões públicas que tinha com Delacroix, defendendo o Neoclassicismo enquanto seu rival defendia o Romantismo. Suas obras eram marcadas principalmente pelo domínio técnico, precisão e clareza. Tinha profunda admiração pela antiguidade clássica e pelo trabalho de seu mestre, David.

 “A Banhista“, de 1808, é um bom exemplo de seu trabalho, com suas formas, contornos, textura e composição simples demonstrando alto domínio técnico ao representar uma mulher nua sentada numa cama. “ Grande Odalisque “, de 1814, é outro quadro de Ingress em que utiliza-se de uma mulher nua com contornos baseados na arte clássica. Entretanto, o próprio uso de uma figura como uma odalisca, exótica mulher ligada à cultura árabe, parece bastante próximo ao Romantismo, mais uma vez provando a tênue diferença que havia entre os dois movimentos. Na escultura neoclássica não há grande destaques. Um dos principais nomes da escultura do período, por exemplo, era Jean-Antoine Houdon (1741 – 1828), mas seus trabalhos, apesar de terem algumas características neoclássicas, não podem ser efetivamente enquadrados como obedientes à esse movimento.

*** OUTROS TRABALHOS DESSES ARTISTAS; 


                                                                             A Pompeiian Beauty de Raffaelle Gianetti 

O Neoclassicismo, movimento artístico e literário, que tem no Arcadismo a sua principal manifestação, foi profundamente influenciado pelas idéias racionalistas do seu tempo. Foi o porta-voz da Razão e das novas idéias filosóficas, científicas e políticas, buscando uma arte “pedagógica”, “didática”, transmissora dos novos valores.







 O juramento dos Horácios, por Jacques-Louis David, 1784, Museu do Louvre, Paris. Uma das obras mais conhecidas e influentes da escola neoclássica.

                                                    David: A Morte de Marat, 1793

O Neoclassicismo no Brasil
Em 1816, desembarca no Brasil a Missão Artística Francesa, contratada para fundar e dirigir no Rio de Janeiro uma Escola Real de Artes e Ofícios. Nela está, entre outros, o pintor Jean-Baptiste Debret, que retrata com charme e humor costumes e personagens da época. Em 1826 é fundada a Academia Imperial de Belas Artes, que adota o gosto neoclássico europeu e atrai outros pintores estrangeiros de porte, como Auguste Marie Taunay e Johann Moritz Rugendas. Pintores brasileiros desse período são Manuel de Araújo Porto-Alegre e Rafael Mendes de Carvalho, entre outros. A tendência torna-se visível também na arquitetura. Seu expoente é Grandjean de Montigny, que chega com a Missão Francesa. Suas obras, como a sede da reitoria da Pontifícia Universidade Católica no Rio de Janeiro, adaptam a estética neoclássica ao clima tropical. Mesmo que sua fundamentação fosse de uma sociedade agrário-escravocrata e com um comércio relativamente atrasado, tendo um governo monárquico.
Na literatura, a principal expressão é o arcadismo, caracterizado por um estilo mais simples e objetivo e pela temática voltada para a natureza. Os seus principais poetas encontram-se em Vila Rica, centro cultural do Brasil na época. A vida no campo é também abordada, mas os pastores europeus são substituídos pelos vaqueiros brasileiros. Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga e Silva Alvarenga são os principais poetas do movimento no Brasil.
Flagelação de Cristo, obra de Victor Meirelles, obra de 1856 feita em óleo sobre tela – Tamanho 156,7 × 115,5 cm.
Está no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro – RJ – Brasil
Feita em seu período como bolsista da Academia na Europa, e que lhe valeu uma prorrogação de sua bolsa. Museu Nacional de Belas Artes.





MEIRELES (Vítor MEIRELES DE LIMA, dito apenas Vítor), pintor brasileiro (Desterro [hoje Florianópolis], SC, 1832 - Rio de Janeiro, 1903). Ainda estudante, conquistou (1852) o prêmio de viagem à Europa. Estudou em Roma, Florença, Milão, Paris. Consagrou-se na pintura histórica, especialmente com a execução de A primeira missa no Brasil, exposta no Salão de Paris de 1861. Nesse mesmo ano retornou ao Brasil, onde passou a exercer o magistério e formou uma geração de pintores importantes. Quadros principais: Combate naval de Riachuelo, 
Passagem de Humaitá, Batalha dos Guararapes, 
Juramento da princesa Isabel. 
(Fonte: Enciclopédia Koogan-Houaiss)



 ** Caracterização do neoclassicismo na arte:
Trazendo de novo algumas características da arte clássica: 
contorno linear, abolição do claro-escuro e a utopia. Para 
aqueles que esculpiam de modo neoclassicista a essência 
pura era presente no mármore branco das estatuas. No 
neoclassicismo que participa do Século das Luzes, tem o 
espírito científico, racional e retorna a natureza, recurso 
propagado por Rousseau. Para quem era neoclassicista, os 
conceitos de racionalismo e sensibilidade.
A pintura desse período foi inspirada principalmente na escultura clássica grega e na pintura renascentista italiana, sobretudo em Rafael, mestre inegável do equilíbrio da composição. 
Características da pintura: 

• Formalismo na composição, refletindo racionalismo dominante.
• Exatidão nos contornos
• Harmonia do colorido
 ** Forte influência da arquitetura neoclássica foi a descoberta arqueológica das cidades italianas de Pompéia e Herculano que, no ano de 79 a.C., foram cobertas pelas lavas do vulcão Vesúvio. Diante daquelas construções, num erro de interpretação, os historiadores de arte acreditavam que os edifícios gregos eram recobertos com mármore branco, ocasionando a construção de tantos edifícios brancos. Exemplo: Casa Branca dos Estados Unidos.





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